sexta-feira

Por Alan Redü

Identidade Cultural Uma Questão de Personalidade


Alheio aos dois maiores movimentos culturais que despontam no cenário Rio-Grandense, o Tradicionalismo e o Nativismo, estão nós, os filhos desta terra.Em meio à avalanche de informações e outros tantos modismos que a mídia em suas diversas ramificações nos entrega dia-a dia, persiste o chamado Ser gaúcho.Gaúcho, é um sentimento que sentimos no coração,e não depende de filiações “cetegistas”, ou ao simples uso da bombacha ou tão pouco ter ou não nascido no Rio Grande do Sul. É uma manifestação de carinho pelos costumes e usos do Sul, que não se restringe aos Quadrantes Geográficos que as fronteiras políticas nos impuseram, mas sim a toda forma de vida, mais ligada à raiz natural do Ser Humano.Como disse Eron Vaz Mattos, grande Poeta da Cidade de Bagé, que:-“Nos temos cultura própria, e não precisamos de Manifestações Alienígenas”. Mas então como identificar essa verdadeira personalidade cultural? Personalidade esta que nos difere dos outros estados. Como saber se realmente o que manifestamos que gostamos e o que consumimos como produto cultural, é realmente nosso? E se estamos nos realizando integralmente com o que nos é oferecido, dentro da nossa cultura e costumes? Basta olharmos o passado, ver e ouvir nossos ancestrais. E ter a plena certeza que assim farão nossos netos á seu tempo. Nesta miscigenação de múltiplos valores consumistas, e desproporcionados de essência, que nós somos atingidos e quase obrigados a aceitar, com suas novas tendências e infiltrações de outras correntes culturais, que até tem seu valor, mas que é usado apenas, para um fim comercial e capitalista. Daí percebe-se, a grande importância dos meios de comunicação, como formadores de opinião, sugestionando e influenciando as mentes mais susceptíveis e menos cultas. E a classe mais atingida deste processo é a juventude, que se estrutura como sociedade produtiva e consumista, posterior e que se encontra em plena construção de sua personalidade operante.Concluímos no nosso ponto de vista que a cultura de um povo é sua maior riqueza, pois não compra fortunas, mas relata os feitos dos nossos ancestrais.É a parte onde olhamos e nos inspiramos, para enfrentar os tropeços da vida cotidiana. E para isso é muito importante nos estarmos atentos no que ouvimos, lemos e vemos, procuremos estar sempre com um espírito critico, para que artifícios meramente culturais, sem uma fundamentação histórica, não nos seduza, com facilidades e comodidades, mas que em troca desta aparente evolução e beneficio, tenhamos que apagar da nossa história, páginas timbradas com o aço da espada e o sangue-suor dos nossos antepassados...

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